Pelo que sabemos, o raio é formado a partir do atrito que ocorre na nuvem entre as gotículas de água ou granizo.   A partir disso, ocorre uma separação de cargas elétricas, carregando eletricamente a nuvem, de forma a gerar uma diferença de potencial entre as nuvens, ou entre estas e o solo.

Rompida a resistência dielétrica do ar, ocorre a centelha de equipotencialização que é o raio.

Como uma síntese do que se conhece sobre os raios, pode-se dizer que eles consistem em descargas elétricas atmosféricas, de caráter transiente, portando uma alta corrente elétrica (em geral, superior a várias dezenas de kA).

Mas apenas o atrito de partículas não parece ser suficiente para explicar os elevados campos elétricos desenvolvidos nas nuvens de tempestade.

A interação entre raios cósmicos e o campo elétrico nas nuvens de tempestades pode vir a ser o elemento que faltava para permitir uma melhor e mais precisa compreensão da formação das descargas atmosféricas. Melhorar nossa capacidade de prever a formação de raios será de fundamental importância para prevenir ocorrências de acidentes.

Onde há maior incidência de raios?

Segundo Sílvio Dahmen, professor de Física UFRS, é apenas uma questão de probabilidade: “Como há vários locais onde os raios podem atingir, e isso depende de condições atmosféricas ideais, é muito pouco provável que dois raios sejam observados atingindo um mesmo local”.

Mas existem exceções, ao procurar um caminho para sua descarga, o raio atinge pontos mais altos e pontiagudos, onde existe maior concentração de cargas, por exemplo:  topo de morros, montanhas, sobre árvores isoladas, ponta de para-raios em edificações etc.

Assim ao contrário do que diz o dito popular, ele pode cair sim em um mesmo lugar várias vezes.

Por exemplo, o Empire State Building, em Nova York (EUA), em média é atingido por 25 raios a cada ano, acontecendo, inclusive, dele ser acertado 8 vezes em apenas 24 minutos.

Em julho de 2020 durante uma tempestade a Estátua da Liberdade foi atingida cinco vezes no mesmo dia por raios.

O monumento ao Cristo Redentor, é atingido anualmente por uma média de 6 raios, enquanto a torre Eiffel com 279 metros de altura, conta com 9 para-raios para protegê-la das dezenas de raios que atingem o monumento anualmente.

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